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Caramujo-gigante africano pode se tornar problema de saúde pública


Publicado em: 08/03/2007 08:12 | Categoria: Geral

 


O caramujo-gigante africano virou uma praga porque não serviu de opção culinária. Os criadores se livraram dos exemplares soltando-os em rios, matas e terrenos baldios, onde se multiplicaram rapidamente. Hoje, a espécie está presente no Distrito Federal e em 23 dos 26 estados brasileiros, incluindo a região amazônica e reservas ambientais. No total de 5.561 municípios brasileiros, há registros da presença do caramujo africano em 439 - cerca de 8%. Um dos Estados com maior infestação é São Paulo. No Rio de Janeiro, a espécie está presente em 57 dos 92 municípios.

"Temos encontrado exemplares grandes, a população está muito densa", disse a bióloga Silvana Thiengo, pesquisadora do Laboratório de Malacologia do IOC e responsável pelo Centro Nacional de Referência
em Malacologia Médica.

Segundo o IOC, dois tipos de parasitas perigosos podem ser encontrados na secreção do caramujo-gigante africano. Um deles é o Angiostrongylus costaricensis, causador da angiostrongilíase abdominal, doença que pode resultar em morte por perfuração intestinal e peritonite e que ocorre principalmente no Sul do Brasil. O outro é o Angiostrongylus cantonensis, causador da meningite eosinofílica - doença endêmica na Ásia pelo hábito nativo de comer caramujos, peixes e crustáceos crus, mas com relatos nos Estados Unidos e no Caribe.

"Já encontramos larvas de parasitas de aves e de outros animais domésticos. O fato indica que a população de caramujo africano já está inserida no ciclo dos parasitas que vivem no Brasil. Nossa maior preocupação é que, pela proximidade com residências, ele possa vir a se infectar com outras formas de parasitas e se tornar um hospedeiro no ciclo de doenças humanas", disse Silvana.

"No Brasil, há uma serie de restrições ambientais para o combate ao caramujo. O uso de pesticida tem implicações ambientais muito sérias, pois pode matar toda a fauna. A saída deve ser a coleta e a educação e informação à população", afirmou a bióloga.

Fonte Agência Fapesp

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