Até agora, quatro países africanos foram beneficiados com esse fornecimento: Egito (14 milhões de doses), Mali (1 milhão), Mauritânia (2 milhões) e Senegal (1 milhão). A iniciativa tem a participação do Departamento de Recursos para Animais da União Africana (AU-IBAR, na sigla em inglês), que estabelece os procedimentos de distribuição das vacinas, inclusive selecionando os países beneficiados (conforme, por exemplo, a disponibilidade de frigorificação para as vacinas) e estabelecendo programas nacionais de vacinação. Cabe à OIE, por sua vez, selecionar os fornecedores através de consultas internacionais. A escolha é baseada na qualidade do produto, no preço de venda e na rapidez de fornecimento.

A iniciativa – desenvolvida em conjunto pela OIE e pela AU-IBAR – tem o apoio financeiro da Comissão Européia. A OIE estabeleceu um banco virtual de vacinas para países africanos com o objetivo de assistir, com rapidez, a países infectados que precisem vacinar plantéis sob risco ou, mesmo, países ainda não infectados que queiram dispor de um estoque estratégico de vacinas.

Conforme a OIE, o banco virtual se baseia não só nos estoques físicos de vacinas, mas também no compromisso (assumido pelos laboratórios fabricantes) de fornecer o produto apenas quando necessário, o que evita a perda de vacinas cujo prazo de validade já expirou.

É intenção da OIE não só manter o Banco Virtual de Vacinas contra IA, mas também amplia-lo de forma a estender seus benefícios a outros países do mundo. A CIDA – Agência Canadense de Desenvolvimento Internacional já confirmou sua adesão à iniciativa: vai contribuir financeiramente num programa trienal que, começando agora, irá se estender até 2009.

Outras adesões, segundo a OIE, permitirão desenvolver programas mais ativos de imunização em países que, devido à circulação permanente do vírus, a política de vacinação transformou-se em ferramenta essencial no controle da doença.

Fonte: AviSite