A campanha de vacinação extra em fevereiro é uma reação ao relatório de OIE (Organização Mundial de Saúde Animal) que deve apontar falhas na vigilância sanitária do Estado, segundo o governo estadual.

O relatório será apresentado no dia 29, em Paris. O diretor de Saúde Animal do Ministério da Agricultura, Jamil Gomes de Souza, fará a defesa do Estado.

No Paraguai, onde há 10 milhões de cabeças de gado, o rebanho bovino começou a ser imunizado. Fazendeiros reclamam da qualidade da vacina, mas o governo paraguaio descarta problema.

Em dezembro, os técnicos da OIE inspecionaram fazendas onde foram registrados casos de aftosa, em outubro de 2005 e início de 2006, na fronteira com Paraguai, em Mato Grosso do Sul. Com 168 países-membros, a OIE elabora normas e passa dados sanitários do mundo todo. A intenção do Estado é mostrar à OIE que Mato Grosso do Sul está livre da aftosa.

Após sacrifício de 35 mil animais na região e de inquérito soro-epidemiológico em 69 dos 88 municípios do Estado, a Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal) descartou, em dezembro, a circulação do vírus da aftosa. O atual diretor da Iagro, Roberto Bacha, disse, por sua assessoria, que não daria entrevistas.

Fonte: Folha de São Paulo