Para distribuir melhor as vacinas, o estoque adquirido irá garantir a aplicação das doses em até 30 animais por produtor, explicou o chefe da divisão de fiscalização e defesa sanitária animal, Fernando Groff. Anteriormente, o Estado fornecia o medicamento para até 50 animais por produtor, mas a complementação dependerá da compra adicional de 1 milhão de doses, que poderá ser feita ainda em janeiro, se houver liberação de recursos.

Ao mesmo tempo, prossegue a campanha de vacinação contra a brucelose, que é aplicada em fêmeas de bovinos entre três e oito meses. O rebanho potencial nesta faixa é estimado em 850 mil cabeças, disse Groff. O Rio Grande do Sul tem um histórico de controle da doença, ressaltou ele, com vacinação obrigatória desde a década de 1960. Como a incidência é baixa, a imunização estava caindo em desuso, o que levou o Estado a iniciar uma campanha em julho de 2006.

Santa Catarina

Apesar de integrar o Circuito Pecuário Sul junto ao Rio Grande do Sul, Santa Catarina não imuniza o rebanho contra a aftosa e reivindica o reconhecimento internacional de área livre sem vacinação. O Estado já realizou sorologia do rebanho como parte da documentação que irá fundamentar o pedido. Groff avaliou que esta evolução é uma tendência para qualquer região livre da doença, mas sua implementação no Rio Grande do Sul exigirá uma discussão com o setor produtivo e as áreas envolvidas na defesa sanitária.

Se Santa Catarina obtiver o reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde Animal - o que poderá ocorrer na reunião anual do órgão em maio -, isso irá dificultar o trânsito de bovinos e derivados entre os dois Estados, explicou o chefe da divisão de fiscalização da Secretaria da Agricultura do Rio Grande do Sul. Mesmo assim, o eventual reconhecimento externo não causará a separação automática do circuito pecuário, avaliou Groff.

Fonte: Zoonews