A mesma equipe da Universidade Nacional de Seul havia apresentado no ano passado Snuppy, o primeiro cão clonado do mundo, também um afghan.

"Isso é feito para avançar a pesquisa médica, e ainda não se destina a que as pessoas clonem seus mascotes", disse à Reuters Lee Byung-chun, professor de Veterinária da Universidade e atual chefe da equipe.

Hwang e outros membros da equipe deixaram a universidade depois da revelação de que cientistas que trabalhavam com ele haviam forjado dados em dois documentos sobre células-tronco embrionárias humanas.

Lee e colegas mostraram a jornalistas os cãezinhos idênticos, chamados Bona, Peace e Hope. Eles nasceram em junho e julho.

"A equipe de Lee pretende utilizar a inovação na produção de drogas para o tratamento celular e também para aplicar a tecnologia na preservação de animais em vias de extinção", disse nota do governo, segundo a qual a revista veterinária Theriogenology publicou as conclusões em seu site.

Os cães estão entre os mamíferos mais difíceis de clonar, devido a seu ciclo reprodutivo.

O sucesso de Hwang na clonagem do primeiro cão foi verificado de forma independente, mas ele enfrenta um processo criminal por acusações de fraude e enriquecimento ilícito, relativas às pesquisas de sua equipe com células-tronco humanas.

Lee disse que seu grupo usou a mesma tecnologia da época de Hwang, porém mais eficiente. Hwang disse ter escolhido a raça afghan hound por causa da sua bela aparência.

Ao todo, 1.095 embriões reconstruídos foram transferidos para 123 cadelas a fim de criar os dois primeiros cães clonados, no ano passado -- Snuppy e um outro, que morreu aos 22 dias, de pneumonia.

Desta vez, 167 embriões reconstruídos foram colocados em 12 cadelas para gerar três clones vivos, segundo Lee.

Fonte: Reuters