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Indústria do PR registra retração


Publicado em: 06/06/2008 08:55 | Categoria: Geral

 



Segundo a pesquisa, o bom desempenho do Paraná no acumulado do ano – na casa dos dois dígitos – se deve principalmente à indústria automotiva, com crescimento de 53,8%, e à produção de máquinas e equipamentos para o setor agrícola, cujo aumentou foi de 26,3%. “É um crescimento amparado em áreas que mostram maior dinamismo também no nível nacional”, explica Macedo.


Dos 14 setores analisados, apenas cinco apresentaram índices negativos. Segundo o IBGE, três deles contribuíram significativamente para a média negativa do estado em abril: o de alimentos (queda de 8,3% no mês), produtos químicos (-4,85%) e mobiliário (-12,5%). “Mas é uma queda muito pontual”, ressalta o economista do IBGE.


Impacto negativo


O principal responsável pela queda da produção paranaense no setor de alimentos, segundo o IBGE, foi a carne de frango, segmento no qual o Paraná é líder brasileiro, com cerca de 20% de participação. De acordo com Ricardo Chapla, presidente da cooperativa agroindustrial Copagril, de Marechal Cândido Rondon, o segmento tem, de fato, acumulado prejuízos desde o início do ano. “O nosso custo de produção subiu muito.”


Segundo Chapla, a alta do preço do milho e da soja, principais componentes da ração, foi o que encareceu o custo da carne do frango, que mantém o mesmo preço no mercado interno. “A carne de frango deveria estar de 30% a 40% mais cara para o consumidor. As indústrias não conseguem repassar o aumento no custo porque os supermercados fazem pressão para venderem barato”, diz Chapla. Para compensar o saldo negativo, o segmento tem investido na exportação, embora a cotação do dólar não colabore para que o prejuízo seja sanado. A expectativa é de reversão do cenário no segundo semestre.


Outro segmento que tem acumulado prejuízo é o mobiliário. Em Arapongas, segundo maior pólo moveleiro do Brasil, as indústrias têm sentido o impacto da alta na matéria-prima, em especial das placas de MDP e MDF, que tiveram aumento de 12% no início do ano. “A queda na produção é semelhante ao que aconteceu nos últimos dois anos, com o agravante do custo da matéria-prima”, comenta o diretor comercial da Colibri Móveis, José Lopes Aquino.


Segundo ele, o fato de a indústria moveleira ser bastante “pulverizada” também prejudica o segmento, que não tem uma inserção maciça na mídia. “Hoje, o móvel está em 8º lugar na percepção de compras do consumidor. Ele não tem a sensação de que o móvel é algo importante para ele, o que poderia ser obtido com uma campanha de mídia em grande escala. Então, um pequeno aumento no preço já gera uma quebra na demanda.” Pela falta de procura, algumas indústrias diminuíram sua produção, enquanto outras mantêm estoques e absorvem os prejuízos para compensar nas vendas de fim de ano. Assim como o setor de alimentos, as indústrias moveleiras pretendem recuperar os resultados no segundo semestre – o que já ocorreu nos anos de 2006 e 2007.



Fonte: Gazeta do Povo 
                                                                                                                                                                                                                   
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