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Pecuária de leite no Show Rural mostra potencial de crescimento do setor no Oest


Publicado em: 29/01/2008 10:22 | Categoria: Geral

 



Com as demonstrações práticas, os extensionistas que monitoram as excursões municipais e visitantes, pretendem contribuir no incremento da atividade leiteira do Oeste, promovendo a transferência de tecnologia para as pequenas propriedades rurais, que fazem da pecuária leiteira uma opção de diversificação agrícola.

“Só na região, que integra 30 municípios, existem 32,1 mil estabelecimentos rurais, com 14 mil produtores na produção leiteira, sendo que 90% deles são de agricultores familiares”, atesta o zootecnista Carlos Roberto Strapasson, gerente regional do Emater de Cascavel. A economista Jovir Vicentini Esser, do  Departamento de Economia Rural da Secretaria da Agricultura e do Abastecimento, destaca a produção leiteira da região de Cascavel em 448,5 milhões de litros de leite em 2006.

A confirmação do potencial de incremento do setor pela agricultura familiar é dada pelo zootecnista José Luiz Bortoluzzi, do Emater de Medianeira, ao lembrar que as tecnologias disponíveis da produção do leite à pasto podem duplicar a produção atual da bacia leiteira do Oeste, a médio prazo, de três a sete anos.

“Temos em demonstração as gramíneas e leguminosas que aumentam a oferta de proteína e energia, graças ao solo, clima e temperatura favoráveis para a produção de grande volume de forragens, necessárias na alimentação direta na pastagem do rebanho regional, principalmente durante o período de outubro até abril”, assegura Bortoluzzi.

Na unidade expositiva estão também expostos o manejo rotacionado da pastagem, que recebe adubação de manutenção,  com  piqueteamento com divisão de cerca elétrica e, reforçando a dupla função , tem  ainda o cultivo de espécies florestais para dar conforto térmico aos animais para permanecerem pastoreando mais tempo e consumindo mais massa verde, pelo sombreamento, e aumentar o ganho da propriedade pela produção futura de madeira.

“Nossa orientação, baseada em estudos da pesquisa oficial, é pela utilização de espécies como leucena que fornece madeira, nitrogênio para o solo e serve de complemento alimentar do gado, além da canafístula e o eucalipto”, indica o extensionista Bortoluzzi, lembrando que todas as informações técnicas prestadas nesta unidade leiteira do Emater no Show Rural são para que a pastagem seja realmente tratada como uma lavoura.

Cadeia produtiva do leite

“A sociedade paranaense desconhece esse potencial produtivo leiteiro da região, que é de qualidade, alta produtividade e custo baixo”, garante o extensionista Adriano Bondan, do município de Guaraniaçu, indicando a recomendação viável de 30 a 50 metros quadrados por cabeça dia para pastoreio, voltando aos primeiros piquetes pastoreado, de acordo com o ponto de crescimento da gramínea.

Sobre o rebanho regional, somando Cascavel e Toledo e estimado em 1,05 milhão de cabeças dentre carne e leite, Bondan destaca que na pecuária leiteira o gado é holandês, jersey e mestiço (meio-sangue). “Na produção do leite à pasto, a média de produção gira de 10 a 18 litros por dia, em duas ordenhas, “embora temos também o top de linha inclusive aqui no Show Rural, que chega a produzir até 42 litros dia”, destaca o extensionista,  mas o principal enfoque dado na unidade do leite do Emater é o custo de produção, “que está em média na faixa de R$ 0,23 a R$ 0, 29 reais o litro de leite dentro da propriedade rural”.

A sanidade também é tratada com os visitantes, onde no laboratório instalado, recebem informações sobre as análises de rotina das doenças de aftosa, brucelose, tuberculose e mastite, além do controle de qualidade do leite pela contagem de células somáticas e contagem bacteriana, crioscopia, resíduos químicos e de agrotóxicos, que são realizadas e conhecidas pelos produtores de leite na plataforma dos laticínios.

Incluída na programação da visita está a cadeia produtiva do leite, desde a produção da bezerra, o leite no resfriador de coleta individual ou coletiva, sala de espera, sala de ordenha, sala de alimentação e também a exposição técnica dos parceiros das indústrias de equipamentos até os laticínios. “Todos envolvidos no processo de melhoria de qualidade do leite, porque obedecem as normas da Comissão Brasileira de Qualidade do Leite, regidas pela Instrução Normativa 51.


Fonte: Emater

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