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Influenza Aviária


Publicado em: 02/06/2006 10:08 | Categoria: Geral

 



Está em andamento investigação realizada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) junto a um grupo familiar infectado pelo vírus da influenza H5N1 na Indonésia. De acordo com as últimas informações da OMS, oito membros de uma família contraíram influenza aviária, sendo que sete vieram a óbito e um sobreviveu.

Não há evidências do vírus ter se alastrado para a comunidade ao redor, nem infecção nos profissionais de saúde que os atenderam. A observação casa-a-casa para detecção de novos casos vem sendo feita em 400 grupos da comunidade. Entretanto, continuamos monitorando a situação e as 54 pessoas que tiveram contato direto com o grupo familiar estão em quarentena e sob observação. Com exceção de mulheres grávidas e crianças, Tamiflu tem sido usado como tratamento profilático para estas pessoas que tiveram  contato direto com os membros da família. As evidências demonstram que o vírus continua sensível ao medicamento.

Como precaução, a OMS e as autoridades da Indonésia decidiram manter um monitoramento constante da situação até meados de junho.

Profissionais da OMS, incluindo um dos mais famosos especialistas em influenza do CDC de Atlanta, está no local e colaborando com o Ministério da Saúde da Indonésia nesta investigação. Até agora, a transmissão restrita de humano para humano ainda não se estabeleceu definitivamente, mas tem sido a principal hipótese. Se for verdade, seria consistente com achados recentes de grupos em Hong Kong e Tailândia.

Entretanto, análises genéticas feitas pela OMS no laboratório de referência do CDC e da Universidade de Hong Kong, indicaram não haver evidências de que o vírus tenha evoluído de forma a acentuar a transmissibilidade entre humanos. Não há mudanças no vírus da Indonésia comparado com outros H5N1 isolados recentemente.

A OMS confirmou que o caso inicial foi de uma mulher de 37 anos, que vendia frutas em uma feira, cuja barraca ficava à 15 metros de um local de venda de galinhas. Ela também criava galinhas em casa, três das quais morreram três dias antes de ela adoecer. Todos os casos confirmados do grupo familiar usavam o mesmo pequeno quarto em que dormia a mulher e tiveram contato próximo e direto durante fase aguda da doença.

Enquanto esta é uma situação pesarosa para os familiares envolvidos, e no que concerne a todos nós, as evidencias não sugerem que o vírus tenha se tornado mais virulento ou que uma pandemia seja iminente.

A transmissão de humano para humano pode alcançar continuamente, de ocasional caso letal de transmissão humano-humano, para eficiente (facilmente transmissível) e contínua manutenção de  transmissão humano-humano.

É importante distinguir a restrita  transmissão entre os membros desta família de uma transmissão eficiente (facilmente transmissível) entre humanos e que esta transmissão se mantenha, o que poderia levar ao risco de uma pandemia. Eficiente e que se mantém, significa facilmente transmissível de pessoa a pessoa. Isto é uma característica da influenza anual, e da influenza pandêmica, mas não é algo que temos visto na Indonésia ou outros grupos.

Raros casos de transmissão humano para humano associados ao vírus H5N1 ocorreram no passado. Inclusive, casos de H5N1 em grupos familiares da Indonésia e de outros países.Casos específicos incluem:

- Em 1997 em Hong Kong, houve evideêcias de transmissão do vírus H5N1 para trabalhadores de saúde  e contatos domésticos daqueles que atenderam doentes. Esses contatos mostraram casos amenos ou não houve doença e também não se transmitiu adiante.

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Em 2004 na Tailândia, evidências de provável transmissão humano-humano em um grupo familiar. Tal transmissão ocorreu devido à exposição próxima e prolongada de uma  mãe e sua criança. A transmissão não continuou em outras pessoas.

É provável que outros casos de transmissão humano-humano tenham ocorrido em associação com a epizootia do H5N1 que emergiu na Ásia em 2003.Não há relatos de que a transmissão tenha ocorrido além de uma pessoa. 

Finalmente, a disseminação do vírus H5N1 de pessoa a pessoa tem sido rara, ineficiente (não facilmente transmissível) e não se mantém.
Não seria surpresa ocorrerem casos restritos de transmissão humano-humano durante o atual surto de H5N1 na Indonésia, como ocorreu no passado.

Tais eventos nos remetem a lembrar que não podemos ser complacentes face a este vírus altamente letal, e a parte que cabe à comunidade mundial.

Grifa-se aqui a importância do preparo contínuo.

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