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Aftosa é atacada no âmbito do Mercosul


Publicado em: 31/01/2007 08:46 | Categoria: Geral

 


Para o novo diretor da Iagro, Roberto Bacha, a aplicação efetiva do Programa de Ação Mercosul Livre de Febre Aftosa é um passo realmente grande para que se obtenha sucessos efetivos no controle da doença no cone sul da América do Sul.

O desenvolvimento desse programa, com a liberação inicial de US$ 16,3 milhões, foi anunciado pelo ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Luís Carlos Guedes Pinto, na semana passada. Segundo ele, os países do Mercosul devem começar nos próximos meses um trabalho conjunto para combater a febre aftosa nas áreas de fronteira. "Já há verba para isso", acrescentou, referindo-se à destinação dos US$ 16,3 milhões para implantar o projeto piloto do Programa de Ação Mercosul Livre de Febre Aftosa. Os recursos virão do Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem). "Esse é o primeiro programa comum de alcance regional financiado pelo Focem."

Em Mato Grosso do Sul, embora as informações a respeito ainda sejam muito pequenas, a disposição de entidades como a Famasul e o Sindicato Rural de Campo Grande e de órgãos como a Iagro é de tentar influir de alguma forma na execução do programa especialmente no que diz respeito às ações a ser desenvolvidas na fronteira do Estado com o Paraguai.

Primeira reunião - O projeto piloto foi aprovado pelos presidentes dos países do bloco durante a XXXII Reunião do Conselho do Mercado Comum do Mercosul, nos dias 18 e 19 deste mês, no Rio de Janeiro. "O esforço conjunto é fundamental para melhorarmos a sanidade animal na região e termos condições mais favoráveis para comercializar nossos produtos agropecuários no mercado global", assinalou Guedes. A região é a maior exportadora mundial de carne bovina, respondendo por 42,2% do comércio. Em 2006, os embarques chegaram a 2 milhões e 950 mil toneladas equivalente carcaça.

Execução - Os US$ 16,3 milhões do Focem deverão ser aplicados na implementação de um sistema de atenção veterinária para fiscalização das áreas de fronteira. Para tanto, parte do montante será usado no treinamento e capacitação de técnicos dos países do bloco. "Temos que uniformizar os procedimentos para que possamos realizar um trabalho conjunto eficaz", destacou o ministro. A rede de laboratórios do Mercosul também deve ser modernizada com a verba do Focem, criado em 2004 para financiar projetos de industrialização e melhoria agrícola na região.

Plano continental - O projeto do Mercosul, ressaltou Guedes, deve reforçar a proposta do Mapa de desenvolver um plano continental conjunto de erradicação da aftosa. No último dia 23, o ministro da Agricultura e o secretário de Relações Internacionais do Agronegócio, Célio Porto, mantiveram audiência com o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) no Brasil, Roberto Samanez, para tratar do assunto. "Precisamos eliminar a aftosa em todo a América do Sul para que possamos superar as barreiras sanitárias impostas pelo mercado mundial".

Guedes e Samanez combinaram um novo encontro esta semana – falta definir o dia – para elaborar uma proposta preliminar do plano continental a ser submetido ao Mercosul. A reunião contará com a presença de representantes da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) e do Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA).

Desde o ano passado, Guedes vem mantendo contatos com a FAO, a OIE e o IICA para que apóiem o desenvolvimento do plano continental de erradicação da aftosa. "Enquanto a doença não for completamente erradicada, todos os países da América do Sul continuarão vulneráveis. O Brasil, por ter uma fronteira seca com mais de 14 mil quilômetros, é um dos países mais expostos a situações de risco", comentou o ministro.

Fonte: Correio do Estado - MS

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