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Carne terá de atender exigências da UE


Publicado em: 13/12/2007 10:01 | Categoria: Geral

 



“Não há porque discutir o aspecto político; devemos manter isso numa discussão técnica”, comentou o ministro, evitando entrar no jogo dos produtores irlandeses, que, numa estratégia com forte pressão política, defendem o embargo aos cortes brasileiros como forma de evitar que o rebanho local seja contaminado pela febre aftosa. Os irlandeses alegam que os cortes podem “carregar” o vírus da doença.

Até o momento o governo brasileiro não foi notificado sobre restrições ao produto nacional, afirmou ontem o diretor do Departamento de Assuntos Sanitários e Fitossanitários da Secretaria de Relações Internacionais, Luiz Carlos de Oliveira, do Ministério da Agricultura. Stephanes disse que qualquer restrição aos produtos agrícolas brasileiros preocupa, mas que é importante que o governo tenha capacidade para administrar as crises.

Ele lembrou que a missão da UE que esteve no Brasil no mês passado mostrou insatisfação com relação ao sistema de rastreabilidade do gado e às Guias de Trânsito Animal (GTAs). De acordo com ele, os europeus estavam insatisfeitos, e “com razão”, com esses dois itens. Questionado se essas fragilidades poderiam confirmar o boato de um possível embargo ao produto nacional, o ministro deu a seguinte resposta: “Não acredito em embargo. Isso é boato. Mas poderão ocorrer algumas restrições sim.”

Uma das restrições já está em vigor. Ela é referente à autorização para se exportar gado. Animais de área não-autorizada só poderão ser exportados após noventena em área autorizada e após confirmação de que os dados da GTA conferem com as informações armazenadas na propriedade.

Depois de presidir reunião da Câmara Temática de Negociações Agrícolas Internacionais, Gilman Viana Rodrigues, que é secretário de Agricultura de Minas Gerais, disse que há comentários de que poderá haver redução no número de frigoríficos que têm autorização para venda para o mercado europeu. Além disso, os europeus podem autorizar algumas fazendas para a criação de gado cuja carne será remetida ao bloco.

Viana enumerou uma série de medidas que devem ser seguidas pelo governo e pela iniciativa privada caso a UE adote novas regras para importação do Brasil. Ele defente que o governo federal deve delegar aos estados a fiscalização das empresas responsáveis pela certificação de bovinos. Além disso, pede “fiscalização austera” do cumprimento das regras de acordos comerciais.


Fonte: Gazeta do Povo

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