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Medicina Veterinária atua na conscientização de desastres ambientais


Publicado em: 20/01/2023 08:39 | Fonte/Agência: CRMV-PR | Categoria: Comissões

 


Na foto: Secretário-geral do CRMV-PR, Leonardo Nápoli e a médica-veterinária Letícia Koproski com a bolsa do Projeto Fauna

Na foto: Secretário-geral do CRMV-PR, Leonardo Nápoli e a médica-veterinária Letícia Koproski com a bolsa do Projeto Fauna

O Paraná é um estado protagonista no estabelecimento de iniciativas para a efetivação de resposta a desastres ambientais e na construção de resiliência no Brasil. O incêndio florestal de 1963, o derramamento de petróleo no Rio Iguaçu, em 2000, a explosão do navio Vicuña, em 2004, e as Águas de Março, em 2011, foram alguns dos episódios que marcaram a sociedade no interior e na capital paranaense, da mesma forma que despertaram atenção para esse tema. 

Projeto de conscientização 

Na conscientização de desastres ambientais, os médicos-veterinários estão presentes em diversas frentes como mostra o Projeto Fauna. Com capacidade de atender diferentes espécies, animais selvagens terrestres e aquáticos com vastas particularidades comportamentais, anatômicas e ecológicas, os profissionais da Medicina Veterinária atuam com atendimento desde serpentes, até golfinhos e aves oceânicas criticamente ameaçadas de extinção.

O Projeto Fauna, executado por meio de uma parceria entre a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento da Universidade Estadual do Paraná (Funespar) e a Portos do Paraná, conta com apoio do CEPED – Centro Universitário de Estudos e Pesquisas sobre Desastres, Defesa Civil Estadual e UNESPAR. Ao longo do ano, ações são realizadas com a comunidade acadêmica e com a população. Objetivo é atuar na estruturação de um Centro de Despetrolização da Fauna, nas dependências do Porto de Paranaguá; e na formação e no gerenciamento de equipes técnicas e de uma Brigada Voluntária para a atuação em ocorrências.

Atuação dos médicos-veterinários 

A médica-veterinária e coordenadora técnica do Projeto, responsável pelo Plano de Proteção à Fauna e pelas atividades relacionadas ao papel de uma médica-veterinária responsável técnica, Letícia Koproski, conta que a experiência tem sido enriquecedora, uma vez que também é membro da Comissão Estadual de Gestão de Riscos de Animais em Desastres do CRMV-PR. 
 
“Atendemos animais que podem estar em lugares de difícil acesso e em estado crítico de urgência médica em função do contato com os produtos químicos, necessitando de profissionais especializados em resgate técnico, com capacitação em emergências com produtos químicos, e clínica de animais selvagens e aquáticos. Os conhecimentos agregam para o trabalho junto à Comissão de Desastres no conselho paranaense, pois em cada ocorrência a gente aprende mais para atuar de forma mais assertiva na próximo", destaca Letícia. 

"Outro ponto relevante desta experiência é a proximidade que temos tido com a sociedade, pois em casos de desastres todos também somos vítimas, então o trabalho de comunicação e a percepção de riscos deve ser contínuo para que possamos construir resiliência e possamos ter minimização de perdas nas ocorrências”, compartilha Letícia.  

Operação Verão Maior 

Durante a temporada de verão até o Carnaval (de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023), as ações do Projeto Fauna somam forças e integraram a Operação Verão Maior, que tem como propósito resguardar e proteger os banhistas em ações itinerantes nos municípios de Matinhos, Paranaguá e Antonina. Nela, a população é abordada em blitz, onde a comunidade é informada sobre a existência do Projeto e são distribuídos materiais de divulgação como: ecobag, mochila, frisbee, garrafa d’água, bola e lixocar.  

“ Aroveitamos, durante a Operação Verão, a oportunidade para comunicar essa percepção do risco dos desastres e atingir um público que não é residente do litoral. Nesse momento tentamos transmitir à informação de como o consumo humano é dependente do comércio marítimo e esse é vulnerável aos derramamentos de petróleo no oceano. Consequentemente, falamos como a fauna seria atingida nesses casos e explicamos sobre como as áreas portuárias do Paraná estão preparadas com um Projeto para essa Resposta de Atendimento à Fauna”, completa Letícia. 

Participação da sociedade 

Além das equipes técnicas, o projeto que conscientiza sobre desastres ambientais também está aberto à sociedade, por meio da Brigada Voluntária. Todos que desejam colaborar no atendimento de animais em casos de desastres nas áreas portuárias de Antonina e Paranaguá podem participar do grupo sem necessidade de formação específica. 

“Os Brigadistas recebem a capacitação sobre voluntariado e despetrolização de fauna de forma gratuita ofertada pela equipe do Projeto. No momento da ocorrência a forma de atuação vai variar e as funções de cada um serão designadas de acordo com a formação, a capacitação e a experiência. Existirá trabalho para todos, seja no apoio, em atividades gerais ou na linha de frente. No momento a Brigada Voluntária está constituída por 54 participantes, residentes em diferentes municípios do Paraná”, conclui Letícia. 

Quem tiver interesse em se voluntariar pode acessar: https://www.funespar.org/projetofauna/logincadastro/


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